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A Sonata para Clarineta e Piano é uma das últimas composições de Poulenc. Foi escrita no verão de 1962 e faz parte do trio de sonatas que ele compôs para flauta, clarineta e oboé.
Encomendada pelo clarinetista norte-americano Benny Goodman, a obra deveria ser estreada por Goodman e por Poulenc, mas o compositor morreu de um ataque no coração antes que a sonata tivesse sido publicada
Sua estreia se deu no Carnegie Hall em 10 de abril de 1963, com Benny Goodman e Leonard Bernstein. A Sonata teve um sucesso imediato e logo se tornou parte do repertório para o instrumento.
Seu primeiro movimento é dramático, deliberamente exagerado e atrevido, com sua lenta elegia.
Ele tem um título paradoxal – Allegro tristemente – e é dividido em três partes: Allegretto, Muito calmo e Tempo Allegretto. Depois de um breve fortíssimo introdutório na clarineta, segue-se um amplo tema, que lembra Prokofiev.
Embora Poulenc fosse dedicar a Sonata para Oboé, escrita semanas depois da Sonata para Clarineta, a seu amigo Prokofiev, o lirismo do compositor russo tinge o sereno interlúdio do primeiro movimento desta, uma digressão semelhante à que Prokofiev coloca no centro do episódio Montéquios e Capuletos de seu balé Romeu e Julieta.
Na Romanza, marcado très calme, o doce lamento do tema principal na clarineta é a base sobre a qual Poulenc desenvolve o movimento.
O final, Allegro con fuoco, é brilhante e ágil. Articulado e bem-humorado, sua energia circense cede a uma das melodias melancólicas de Poulenc, derivada do primeiro movimento.
Poulenc – Sonata para clarineta e piano | Han Kim (clarineta) e Ilya Rashkovskiy (piano)