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Poulenc – Sonata para Clarineta e Piano
Francis Poulenc

Poulenc – Sonata para Clarineta e Piano

A Sonata para Clarineta e Piano é uma das últimas composições de Poulenc. Foi escrita no verão de 1962 e faz parte de um trio de sonatas para flauta, clarineta e oboé.

Encomendada pelo clarinetista norte-americano Benny Goodman, a obra deveria ser estreada por Goodman e por Poulenc. Mas o compositor morreu de um ataque no coração antes que a sonata tivesse sido publicada.

A estreia se deu no Carnegie Hall em 10 de abril de 1963, com Benny Goodman e Leonard Bernstein. A Sonata teve um sucesso imediato e logo se tornou parte do repertório para o instrumento.

Seu primeiro movimento tem um título paradoxal – Allegro tristemente – e é dividido em três partes: Allegretto, Muito calmo, Tempo Allegretto. Depois de um breve fortíssimo introdutório na clarineta, segue-se um amplo tema, que lembra Prokofiev. Embora Poulenc fosse dedicar a seu amigo Prokofiev a Sonata para Oboé, escrita poucas semanas depois, o lirismo do compositor russo tinge o sereno interlúdio do movimento desta, uma digressão semelhante à que Prokofiev coloca no centro do episódio Montéquios e Capuletos de seu balé Romeu e Julieta.

Na Romanza, o doce lamento do tema principal na clarineta é a base sobre a qual Poulenc desenvolve o movimento.

O Allegro con Fuoco é ágil, articulado, bem-humorado e leva a uma conclusão circense.

Poulenc – Sonata para Clarineta e Piano | Nicolas Baldeyrou (clarineta) e Catherine Cournot (piano)

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