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Em julho de 1962, Poulenc escreveu a seu amigo, o cantor Pierre Bernac: “Encontrei os elementos de uma sonata para oboé. O primeiro movimento será elegíaco, o segundo scherzando e o último uma espécie de canto litúrgico”.
Como vemos, Poulenc inverte aqui a ordem dos movimentos: em vez de rápido, lento, rápido, temos lento, rápido, lento.
A Sonata é dedicada a Prokofiev, morto em 1953, sendo que o último movimento, Déploration (Deploração, Lamento), é um canto fúnebre em memória de seu amigo. Essa será também a última página que Poulenc escreveu, uma espécie de obituário.
O primeiro movimento, Elegia – tranquilo, sem pressa, é uma cantilena de extrema beleza.
O breve Scherzando que se segue, animado, com ritmos de rumba e motivos em staccato, é um retrato do compositor russo.
Poulenc – Sonata para Oboé e Piano | Olivier Doise (oboé) e Catherine Cournot (piano)