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Schubert foi um dos acompanhantes que portavam tochas durante o cortejo fúnebre de Beethoven, em março de 1827. Talvez o efeito deste evento possa ser ouvido em sua Missa em Mi Bemol Maior, D. 950, composta no ano seguinte.
A missa foi escrita para a Igreja Paroquial da Santíssima Trindade de Alsergrund, nos arredores de Viena. Foi nesta igreja em que corpo de Beethoven foi velado. Seria difícil imaginar que Schubert não se tivesse se lembrado deste acontecimento, tão importante para ele e para toda Viena.
O Credo da Missa começa suave; então, surge uma miraculosa passagem: Schubert modula para lá bemol maior em um Andante em 12/8. Os violoncelos apresentam um maravilhoso tema; os solistas entram então com Et incarnatus est, primeiro um tenor, depois – inesperadamente – outro tenor e, finalmente, uma soprano. Surge em seguida o Crucifixus. O Incarnatus retorna para encerrar o movimento.
Schubert – Et incarnatus est da Missa nº 6 em Mi Bemol Maior, D. 950 | Rachel Harnisch (soprano), Javier Camarena (tenor), Paolo Fanale (tenor) | Orquestra Mozart Bologna, Coro Arnold Schönberg | Claudio Abbado (regente)