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As Sonatas Op. 23 e Op. 24 foram escritas, ao que tudo indica, ao mesmo tempo, entre 1800 e 1801.
De fato, as obras deveriam ter sido publicadas como um par, com o mesmo número de opus – 23. Porém, por um descuido na impressão, as partes dos violinos saíram com formatos diferentes. Assim, por uma medida de economia – para não ter de refazer uma das obras –, foram dados a elas números de opus diferentes.
Das 10 sonatas para violino de Beethoven, a nº 5, “Primavera”, e a nº 9, a Sonata a Kreutzer, são as mais conhecidas. A “Primavera” é a primeira da série que tem quatro movimentos.
Sobre o Allegro inicial, Eric Bromberger afirma: “A Sonata começa com um longo arco melódico contínuo, um dos mais belos escritos por Beethoven. O violino apresenta a abertura e o piano a repete – esta dupla exposição se estende por mais de 25 compassos”.
O Adagio molto espressivo que vem em seguida é profundo e romântico.
Já o cintilante Scherzo surpreende por sua brevidade – dura pouco mais de um minuto. O violino parece estar sempre um compasso atrasado. Para o ouvinte isto soa errado.
Mas a graça da peça está no Rondó final, Allegro ma non tropo, quando tudo se resolve e a gente se dá conta de que tudo estava certo desde o início.
Beethoven – Sonata para Piano e Violino nº 5 em Fá Maior, Opus 24, “Primavera” | Leonidas Kavakos (violino) e Enrico Pace (piano)