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O sexteto de cordas era um gênero associado apenas a compositores de segunda ordem, como Boccherini e Spohr. Talvez por isso, aos vinte e sete anos, ainda intimidado pela sombra de Beethoven, Brahms tenha escolhido esse formato – por sua raridade.
O amigo de Brahms e grande violinista Joseph Joachim arranjou, em outubro de 1860, uma première em Hanover para o Sexteto de Cordas nº 1. Brahms estava presente na ocasião. Joachim liderava o conjunto. Sua amiga Clara Schumann, que também estava presente, disse da peça: “Foi ainda mais bonita do que eu esperava e minhas expectativas eram já muito altas”.
O jovem Brahms tinha conseguido um sucesso!
O primeiro movimento é radiante e apresenta uma série de melodias contrastantes, destacando ora um dos participantes, ora outro, e às vezes o conjunto todo.
O belo segundo movimento, o único realmente lento, traz uma série de variações baseadas em ritmos e motivos húngaros.
O terceiro movimento, breve e espirituoso, também recorre à música folclórica, mas agora mais genérica.
No final, Brahms escolhe graça e elegância em lugar do drama que seria esperado. Só nas últimas páginas aparece uma expressão mais ousada, que termina o sexteto com brilho e empolgação.
Brahms – Sexteto de Cordas nº 1, Op.18 | Janine Jansen e Boris Brovtsyn (violinos); Amihai Grosz e Gareth Lubbe (violas); Jens Peter Maintz e Torleif Thedéen (violoncelos).