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RENASCENÇA
A Renascença se desenvolveu na passagem da Idade Média para a Moderna, aproximadamente entre os séculos XIV e XVI. O período é marcado pela recuperação do legado literário e artístico da Grécia e da Roma Antigas. Na música, o estilo se caracterizou pelas melodias claras, cantáveis e pela polifonia equilibrada entre todas as vozes.
A música renascentista evoluiu gradualmente da música medieval, que era baseada em uma linha melódica horizontal (como no canto gregoriano). Houve então o desenvolvimento da polifonia, isto é, uma combinação de várias vozes independentes que se entrelaçam de forma harmônica. Os compositores buscavam criar texturas musicais complexas e ricas, explorando novas técnicas de composição e harmonia.
A música vocal teve grande destaque no período, especialmente na música sacra, com a produção de missas, motetos e hinos baseados em textos religiosos. Na música secular, as canções profanas e os madrigais eram gêneros bem difundidos.
Novos instrumentos musicais surgiram contribuindo para uma expansão do repertório instrumental e sua diversificação. Alguns dos mais usados foram o alaúde, a flauta, a viola da gamba e o cravo.
A música era uma parte essencial da vida cívica, religiosa e da corte na Renascença. Assim como acontecia com as outras formas de arte do período, a sua associação com os valores humanistas e com a herança clássica tornaram-se comuns. A invenção da imprensa possibilitou a circulação de tratados e partituras, contribuindo para a difusão e a formação de uma linguagem musical relativamente homogênea por toda a Europa.
Entre os principais compositores da Renascença podemos citar Giovanni Pierluigi da Palestrina, Carlo Gesualdo, Thomas Tallis e Claudio Monteverdi. Entre as obras mais conhecidas do período estão a Missa Papae Marcelli, de Palestrina, o Spem in Alium, de Thomas Tallis, e os madrigais de Gesualdo e Monteverdi.
Saiba mais a respeito e ouça algumas composições do período:
– Tallis, Spem in Alium
– Carlo Gesualdo
– Monteverdi, Zefiro torna
– Renascença italiana