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Ludwig van Beethoven nasceu em 17 de dezembro de 1770, em Bonn, Alemanha, no seio de uma família de músicos. Seu avô paterno, também chamado Ludwig van Beethoven, foi um músico e maestro de sucesso, enquanto seu pai, Johann van Beethoven, era tenor na orquestra da corte de Bonn. Sua mãe, Maria Magdalena Keverich, contribuiu para criar um ambiente doméstico amoroso, apesar das dificuldades financeiras e das tensões familiares causadas pelos problemas de alcoolismo do marido.
Sua educação musical começou com o pai, que reconheceu seu talento e sonhava em transformá-lo em um novo Mozart. Porém, sua abordagem de ensino era severa e, muitas vezes, abusiva. Ao longo dos anos, outros músicos influentes desempenharam um papel importante na formação de Beethoven, incluindo Christian Gottlob Neefe, que se tornou seu mentor e lhe ensinou composição.
Em 1787, Beethoven viajou para Viena pela primeira vez, com o objetivo de estudar com Mozart. No entanto, pouco depois de sua chegada, recebeu a notícia do agravamento da saúde de sua mãe e retornou a Bonn. Ela faleceu em julho do mesmo ano, o que causou um grande impacto emocional no compositor.
Beethoven retornou a Viena em 1792 para estudar com Joseph Haydn, outro grande compositor da época. Durante sua estadia na cidade, também teve aulas com outros músicos renomados, como Johann Albrechtsberger e Antonio Salieri. Viena tornou-se, então, o centro de sua vida e sua carreira e o local onde ele alcançou sucesso como pianista virtuose, compositor e professor.
Ao invés de trabalhar para a corte ou para a Igreja, como era o costume, Beethoven se estabeleceu como um músico autônomo, ganhando a vida com apresentações públicas, aulas de piano e a venda de composições, além de estipêndios de nobres patronos.
Sua vida foi marcada por dificuldades, entre elas a perda progressiva da audição, os problemas financeiros, as crises familiares e os relacionamentos amorosos turbulentos. No entanto, Beethoven se manteve resiliente e continuou a compor algumas das obras mais icônicas e revolucionárias da música clássica, deixando um legado duradouro e inspirador que se deve, em grande parte, à sua capacidade de evoluir e inovar em estilo e abordagem ao longo de sua carreira.
Beethoven morreu em 1827. Cerca de 20 mil pessoas acompanharam a procissão de seu funeral.
As fases de Beethoven
A vida e a obra de Beethoven são geralmente divididas em três fases distintas, cada uma com características e desenvolvimentos específicos em seu estilo e sua abordagem.
Suas composições estão agrupadas da seguinte maneira:
– Primeira Fase: do Op. 1 ao Op. 50
– Segunda Fase: do Op. 51 ao Op. 100
– Terceira Fase: do Op. 101 ao Op. 135
Esta fase é marcada pela influência dos mestres do classicismo vienense, como Wolfgang Amadeus Mozart e Joseph Haydn. Durante este período, Beethoven compôs obras que respeitavam as formas e técnicas clássicas, como as primeiras sonatas para piano (Op. 2), as sonatas para violino e piano (Op. 12) e a Sinfonia nº 1, Op. 21. No entanto, ele também começou a experimentar contrastes dramáticos, harmonias inovadoras e estruturas expansivas, já mostrando sua crescente originalidade e ousadia como compositor.
Em 1800, aos 30 anos, Beethoven começou a perder a audição. Com o agravamento de sua condição, seu médico lhe recomendou o isolamento no campo. Contudo, em quase seis meses, ele não conseguiu nenhuma melhora. Desesperado, escreveu uma carta a seus irmãos, na qual fala sobre pensamentos de suicídio. “Foi só a arte que me salvou”, afirma.
Superada a crise, Beethoven voltou a compor. Começava assim sua fase heroica, com trabalhos de grande escala que falam de luta e heroísmo – “das trevas para a luz”, “do conflito à vitória”. As obras deste período são caracterizadas por uma escala e ambição maiores. Algumas composições notáveis dessa fase incluem a Terceira Sinfonia – “Eroica” (Op. 55), a Quinta Sinfonia, Op. 67, a Sonata para Piano – “Appassionata”, Op. 57, e a “Sonata Kreutzer” para Violino e Piano, Op. 47.
Após a segunda fase, segue-se um período de aridez: a produção de Beethoven cai a quase zero. O período de 1812 a 1818 é marcado por crises e calamidades em sua vida pessoal. O compositor só retornou a produzir plenamente em 1820, após a solução de questões familiares. Começa então a terceira fase, com obras revolucionárias, admiradas por sua complexidade, transcendência e profunda expressão pessoal.
Consideradas algumas mais emocionantes de sua carreira, entre suas notáveis composições desta época estão a Missa Solemnis, Op. 123, as últimas sonatas para piano (Op. 109, 110 e 111) e os Quartetos de Cordas tardios (Op. 127, 130, 131, 132, 133 e 135). Nesta fase, Beethoven também experimentou na forma e na estrutura, como a inovação de incluir um coro na Nona Sinfonia, Op. 125.
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