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Nacionalismo na Música

O nacionalismo na música surgiu durante a primeira metade do século XIX, no contexto dos movimentos de independência política. Caracterizou-se pela ênfase no uso de elementos musicais nacionais, como canções e danças folclóricas, e na adoção de temas nacionais em óperas, poemas sinfônicos e outras formas de composição.

À medida que novas nações se formavam na Europa, o nacionalismo na música era uma reação contra a dominação dos padrões da tradição musical criada pelos italianos, franceses e especialmente os alemães. Esse movimento  aconteceu mais acentuadamente nas “bordas” do continente europeu.

Posteriormente, houve também uma busca por elementos da cultura tradicional na música produzida nas Américas. Entre os compositores que seguiram essa linha estão o brasileiro Heitor Villa-Lobos (1887-1959), o norte-americano Aaron Copland (1900-1990) e o argentino Alberto Ginastera (1916-1983), só para citar alguns.

Polônia

Frédéric Chopin (1810-1849) foi um dos primeiros compositores a incorporar em suas obras os elementos musicais de seu país natal, como os ritmos das danças polonesas.

República Tcheca

O nacionalismo tcheco estava relacionado ao desejo de libertação do país do domínio austríaco. Seus representantes são os compositores Bedrich Smetana (1824-1884), considerado o pai da música tcheca, Antonín Dvorák (1841-1904) e Leoš Janáček (1854-1928).

Hungria

O compositor Béla Bartók (1881-1945) colaborou com seu conterrâneo Zoltán Kodály (1882–1967) na documentação da música folclórica húngara, cujos elementos incorporaram em sua produção musical.

Rússia

O grupo “Os Cinco”, formado pelos compositores Mili Balákirev (1837-1910), Modest Mussorgski (1839-1881), César Cui (1835-1918), Nikolai Rimski-Kórsakov (1844-1908) e Aleksandr Borodín (1833-1887), foi responsável pelo retorno da música russa às suas raízes, fazendo referência à história do país, a sua literatura e às tradições folclóricas, procurando distanciar-se da linguagem musical ocidental.

Noruega

Edvard Grieg (1843-1907), importante compositor da era romântica, ajudou a estabelecer uma identidade nacional norueguesa.

Finlândia

Jean Sibelius (1865-1957) tinha fortes sentimentos patrióticos e baseou seu trabalho na música tradicional finlandesa. Seu poema sinfônico Finlândia (1899) é ainda uma importante canção nacional do país.

Espanha

Embora menos motivado por fatores políticos, o nacionalismo também é encontrado na música espanhola, como nas obras dos compositores Isaac Albéniz (1860-1909), Enrique Granados (1867-1916) e Manuel de Falla (1876-1946).

Frédéric Chopin, Polonaise em Lá Bemol Maior, Op. 53, “Heroica” | Evgeny Kissin (piano)

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