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Desde o Século XIX, muitos críticos e musicólogos têm debatido sobre o lugar de Claude Debussy em relação aos movimentos das artes visuais e da literatura que surgiram durante sua carreira. Houve tentativas de rotulá-lo como Impressionista, Neo-Impressionista, ou como Simbolista.
O estudo The Debussy Problem: Debussy the Impressionist, the Neo-Impressionist, the Symbolist, de Katherine Knight, faz uma análise de telas dos pintores Claude Monet (1840-1926), Georges Seurat (1859-1891) e Odilon Redon (1840-1916) e de melodies (canções) que Debussy produziu ao longo de sua carreira. Nele, vemos que as tentativas de rotular o compositor e sua produção musical não conseguem dar conta de caracterizá-lo artisticamente. Debussy é, na verdade, um artista que resistiu a esses rótulos, esbatendo as fronteiras entre a arte e a música.
Já o musicólogo Eric Frederik Jensen afirma em seu artigo Is Debussy an Impressionist? que o compositor tinha apenas 12 anos quando os pintores impressionistas começaram a ficar mais conhecidos. “Qual seria então a conexão que os críticos faziam entre o Impressionismo e a música de Debussy?”, pergunta. Para Jensen, de fato, não houve uma tentativa de encontrar similaridades estilísticas, mas sim uma aproximação com os títulos descritivos de algumas de suas peças, como Images, Estampes e Noturnos. Para ele, classificar a música de Debussy apenas limita o entendimento e a apreciação de sua obra.
Saiba mais:
https://blog.oup.com/2018/03/claude-debussy-impressionist-music/
https://digitalcommons.wku.edu/stu_hon_theses/603/