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O impromptu é um gênero musical que surgiu no início do século XIX. As peças apresentam uma ideia musical simples, de caráter lírico, em tom de improvisação.
Os oito Impromptus compostos por Schubert em 1827 são exemplos do gênero e são as primeiras peças com este nome a se estabelecerem no repertório clássico. Os quatro primeiros (Op. 90) foram publicados ainda em vida pelo compositor, enquanto os quatro últimos (Op. 142), postumamente.
Duas visões originais dos Impromptus:
Robert Schumann foi um dos primeiros defensores de Schubert e promotor da primeira execução de sua Grande Sinfonia em Dó Maior, regida por Mendelssohn. Schumann conhecia os Impromptus por cópias manuscritas e escreveu a respeito de seu caráter instrumental:
“Como compositor para o piano, Schubert está sozinho (em alguns aspectos, acima mesmo de Beethoven) porque sua escrita é mais pianística, isto é, todos os recursos do piano são utilizados, enquanto que em Beethoven a abordagem é mais orquestral”.
Talvez a qualidade mais notável dos Impromptus seja o modo como Schubert temperou seu inerente pianismo com seu incomparável senso de melodia, uma situação para qual a musicóloga Kathleen Dale propôs a seguinte explicação:
“Schubert, que tinha uma experiência contínua de escrever canções nesta época (1827, um ano antes de sua morte), desenvolveu fortemente seu maravilhoso dom natural de captar o espírito de um poema e recriá-lo em música. Este dom se estende ao piano, para o qual suas obras, embora instrumentais, são tão verdadeiramente líricas em essência que cada uma é um poema sonoro – música fluida e evocativa, que reflete os ritmos do coração, da alma e da própria vida. Esta foi a dádiva que Schubert deixou para o mundo”.