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1900 -

Música Contemporânea

A música contemporânea representa uma expressão da atualidade, não apenas uma corrente estilística. Caracterizada pela experimentação sonora, ela reflete as mudanças culturais e tecnológicas do mundo, acompanhando o dinamismo da sociedade e uma constante busca por novos caminhos.

Embora, muitas vezes, não seja tão clara a diferenciação entre a música produzida no Modernismo e a música contemporânea, considera-se geralmente que a primeira se desenvolveu na primeira metade do século 20, enquanto a segunda, a partir dos anos 1960.

Na música contemporânea, há a coexistência de várias tendências. Pode-se, contudo, mencionar duas vertentes principais: a música de vanguarda, que compreende sobretudo o experimentalismo, e as tendências neoclássicas e neorromânticas, que representam uma reação ao experimentalismo.

Assim, seus elementos estruturais podem ser tanto inovadores como já consagrados pelos estilos musicais anteriores. As sonoridades utilizadas podem ser mais complexas, incluindo desde efeitos eletrônicos até ruídos da vida cotidiana.

Aliás, a gravação e manipulação de sons eletrônicos em composições impossíveis de se executar com instrumentos acústicos, e o minimalismo, com suas estruturas repetitivas e de caráter hipnótico, tiveram um grande impacto na produção musical contemporânea. 

As trilhas para cinema, com obras que incorporam elementos diversos para criar atmosferas intensas e dramáticas, também são uma vertente representativa da música produzida na atualidade.

Destacamos a seguir alguns compositores da música dos dias de hoje, alguns deles ainda com sua obra em andamento:

Philip Glass (1937_)

O estilo inovador do compositor norte-americano Philip Glass consiste na criação de peças hipnóticas e repetitivas, com uma série de ritmos sincopados, contraídos e estendidos dentro de uma estrutura diatônica. Sua música minimalista obteve grande sucesso no fim da década de 1960. 

Philip Glass – The Fall of the House of Usher: “How All Living Things Breathe” | Anthony Roth Costanzo (contratenor), Antoine Malette-Chenier (harpa), Mathieu Lussier (fagote) e Les Violons du Roy, regidos por Jonathan Cohen.

Arvo Pärt (1935_)

Conhecido por seu estilo profundamente espiritual e meditativo, a produção do compositor estoniano Arvo Pärt une simplicidade e complexidade. Suas composições são amplamente admiradas pela beleza contemplativa.

Arvo Pärt – Fratres para Cello e Piano | Antons Trocjuks (violoncelo) e Evija Auziņa (piano)

John Williams (1932_)

Considerado um dos mais talentosos compositores de todos os tempos, o norte-americano John Williams é autor de trilhas sonoras arrebatadoras e melodias icônicas. Suas composições transcenderam o cinema e hoje são ouvidas em salas de concerto por todo o mundo. Foi eleito o compositor vivo mais tocado de 2023.

John Williams – “Main Title” from Star Wars: A new hope | Filarmônica de Viena regida por John Williams.

Osvaldo Golijov (1960_)

Conhecido por seu estilo musical híbrido, o argentino Osvaldo Golijov combina em sua obra tradições camerísticas clássicas, liturgia judaica e música klezmer com toques do tango de Piazzolla. Sua produção inclui óperas, canções, música sinfônica e trilhas para cinema.

Osvaldo Golijov – Nazareno para Dois Pianos e Orquestra (arr. Gonzalo Grau) | Katia e Marielle Labèque (piano) e membros da Filarmônica de Berlim regidos por Sir Simon Rattle.