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Márta e György Kurtág fizeram música juntos por mais de sete décadas. Eles se conheceram em Budapeste e se casaram em 1947. Márta era uma reconhecida pianista e professora, e György, compositor. Em sua jornada, o casal vivenciou o casamento, as performances, a composição e a vida.
Mais do que uma musa (no sentido patriarcal), Márta, que faleceu em 2019 aos 92 anos, foi parceira de György em duetos ao piano, além de editora, revisora, crítica e uma grande incentivadora artística de seu trabalho.
Atualmente com 94 anos, György Kurtág consolidou seu legado como um dos últimos guardiães do Modernismo musical. Resumir sua obra não é fácil, mesmo para seu amigo próximo, o oboísta e maestro Heinz Holliger: “cada nota que ele escreve é essencial, nada é colocado na partitura por acaso, nunca há uma ideia de agradar alguém ou uma plateia. Para ele, nunca se pode mentir quando se faz música”.
A influência de Bach pode ser percebida por todo o trabalho de Kurtág, mesmo que não diretamente. É o caso de seus quatro ciclos de Microludes, cada um com 12 pequenos prelúdios representando os semitons da escala de 12 notas. A obra reproduz a organização dos 48 Prelúdios e Fugas de Bach.
Kurtág também publicou várias transcrições para piano a quatro mãos de composições de Bach. Iremos assistir a algumas delas no vídeo a seguir, interpretadas por ele e sua esposa:
Bach – Das alte Jahr vergangen ist (O Ano Velho já se foi), BWV 614; Dueto em Sol, BWV 804; Cantata BWV 106 – Actus Tragicus: Sonatina | Márta e György Kurtág (piano a quatro mãos)