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Händel (1685–1759) está entre os cinco grandes compositores mais votados por nossos seguidores.
É de fato um gigante da história da música, em estatura física, espírito e visão. Händel é alegre e confiante. Sua música é melódica, tem a graça da música vocal italiana, a fluência do contraponto alemão e a tradição coral inglesa, herdada de Purcell.
Sua produção inclui 42 óperas, 25 oratórios, mais de 120 cantatas, 18 grandes concertos, 12 concertos para órgão, além de muitas obras de câmara.
No início da carreira, na Inglaterra, Händel compunha óperas em italiano, então muito populares. Mas, com o tempo, o gênero saiu de moda, e ele passou a compor oratórios em inglês.
A Festa de Alexandre – O Poder da Música (Alexander’s Feast – The power of music), a rigor, não se enquadra nas categorias citadas acima: é uma ode composta para celebrar o Dia de Santa Cecília (22 de novembro).
Seu subtítulo, O Poder da Música, tem a ver com o fato de Santa Cecília ser a padroeira da música. O objetivo de celebrar a música é evidente pela variedade da orquestração das árias e coros.
O libreto descreve um banquete oferecido por Alexandre, o Grande, e sua amante Thais, na cidade capturada de Persépolis. Na ocasião, o músico Timóteo canta e toca sua lira, provocando várias emoções em Alexandre, chegando até a enfurecê-lo. Alexandre ameaça, então, incendiar Persépolis para vingar seus soldados mortos. Santa Cecília chega a tempo de converter a barbárie em música mais elevada.
A Festa de Alexandre teve sucesso desde sua estreia: na plateia havia 1300 pessoas. O Príncipe e a Princesa de Gales estavam presentes e parecem ter gostado, tanto que o Príncipe pediu que fosse repetida parte da obra.
A Festa de Alexandre evoca diversas emoções por meio do poder da música. A partir desse fio condutor, vamos ampliar a escolha de Timóteo, apresentando uma seleção de árias de outras óperas e oratórios de Händel, além de algumas da própria obra, que evocam emoções como a contemplação, o amor, a fúria, a vingança, a conciliação, a alegria e a despedida.
É um caso de licença poética, ou melhor, de licença musical.
Vamos começar ouvindo a abertura da ode:
Händel – A Festa de Alexandre: Sinfonia da Ode | Nikolaus Harnoncourt rege o Concentus Musicus Wien
Assista À Festa de Alexandre em sua versão integral aqui:
Händel – Alexander’s Feast | Nikolaus Harnoncourt rege o Concentus Musicus Wien