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Nelson Freire por ele mesmo

Nelson Freire por ele mesmo

Como uma homenagem à trajetória do grande pianista Nelson Freire (1944-2021), Clássicos dos Clássicos selecionou alguns trechos de entrevistas concedidas por ele que nos revelam um pouco de sua personalidade e suas opiniões.

As origens:

“Graças à música tenho tido o privilégio de conhecer meio mundo. Deixei Minas com apenas cinco anos, mas Minas não me deixou. São aquelas paisagens, o modo de ser das pessoas, os usos da terra, a culinária, tudo isso me marcou de modo muito profundo. Quem me conhece de perto sabe bem disso: continuo mineiro como se nunca tivesse saído daqui.”

(portal da Universidade Federal de Minas Gerais)

Os pianistas que o inspiraram:

“Tive um grande privilégio na vida: ter ouvido pessoalmente três ídolos, Horowitz, Rubinstein e a querida Guiomar Novaes. Infelizmente faltaram Rachmaninov, Hoffmann e Gieseking (este último teria sido possível, Cortot também, mas eu era muito pequeno na época que eles estiveram no Brasil). Mais tarde ouvi Gilels, Richter e Michelangeli. Maravilhosos, mas já de outra geração. Convivi com Guiomar, uma artista e uma pessoa incomparável.”

(Mozarteum)

Seus compositores preferidos:

“Chopin é o compositor mais universal, que toca direto no coração das pessoas. Tem um lugar muito especial no meu. Mas, tem todos os gênios, como Mozart, Beethoven, Bach e muitos outros, que enriquecem meu mundo.”

(Correio Braziliense)

Sua técnica e seu preparo para os concertos:

“Uma coisa é tocar em público e outra é ler [ao piano em casa]. Eu desenvolvi uma leitura à primeira vista muito boa, e sou muito curioso também. Em Viena diziam que eu não estudava, mas adorava comprar música [partituras]. Por exemplo, se tenho de preparar um programa, chega uma hora que eu preciso tocar outra coisa. Eu fico com vontade de me divertir também com a música.”

(Instituto do Piano Brasileiro)

Sobre a música:

A música é uma linguagem que vai além das palavras e que pode ser entendida e sentida por todos os povos. Posso tocar com uma orquestra em Belo Horizonte, com uma outra orquestra na China, estamos tocando Beethoven e sentindo praticamente a mesma coisa. A música tem esse poder de transmissão universal, talvez por ser etérea, não se pode segurar a música, ela precisa ser ouvida.

(Bravo)

Leia mais:

https://mozarteum.org.br/entrevista/nelson-freire/

https://medium.com/revista-bravo/a-prosa-de-nelson-freire-d965c7ed0ab5

http://www.institutopianobrasileiro.com.br/post/visualizar/Depoimento_de_Nelson_Freire_parte_1

https://ufmg.br/comunicacao/noticias/nelson-freire-morto-nesta-segunda-feira-era-doutor-honoris-causa-da-ufmg

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2019/01/15/interna_diversao_arte,730828/show-de-nelson-freire-em-brasilia.shtml

Ouça também a série da Rádio Cultura FM, Nelson Freire – o rigor, a música, a personalidade:

http://culturafm.cmais.com.br/cultura-fm-40-40/nelson-freire-o-rigor-a-musica-a-personalidade

 

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