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O livro Os Prazeres e os Dias, escrito por Proust na juventude, também inclui um poema sobre Schumann; mas, diferentemente do poema de Chopin, Proust gostava da música intensa e apaixonada do compositor alemão.
Talvez seu elogio (muito exagerado) a seu amigo Reynaldo Hahn nos diga mais sobre o compositor:
“Nunca, desde Schumann, tenha havido uma música que retrate tristeza, ternura e encanto diante da natureza com tanta humanidade genuína e absoluta beleza. Cada nota é uma palavra – ou um grito!”
No recital apresentado no Ritz, Proust tinha pensado em incluir o Carnaval de Viena de Schumann no programa, mas por razões de tempo incluiu apenas a bela Des Abends (Ao Entardecer), das peças do Opus 12.
Vamos “recolocar” o Carnaval de Viena, Op. 26.
Schumann foi a Viena em 1838. Este foi um período fértil para ele. Durante sua visita, ele compôs várias obras para piano, incluindo o Faschingsschwank aus Wien, cuja tradução literal é “Gesto de Carnaval de Viena”. A peça é um tributo à celebração do carnaval e inclui música, drama, mímica, bailes de máscaras e dança.
Schumann – Carnaval de Viena, Op. 26 | Murray Perahia (piano)