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No dia 21 de maio de 2023, Clássicos dos Clássicos prestigiou um concerto no Carnegie Hall, em Nova York, em homenagem ao centenário de nascimento do físico russo Andrei Sakharov, grande defensor dos direitos humanos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1975. A apresentação, originalmente programada para 2021, foi adiada devido à pandemia de Covid-19.
“Este foi um dos concertos mais longos de que me lembro – cerca de três horas de duração”, afirma Carlos Siffert. “Foi também um dos que reuniu o maior número de intérpretes de primeira linha, entre eles os violinistas Gidon Kremer e Maxim Vengerov, o violoncelista Steven Isserlis, o pianista Evgeny Kissin e o Quarteto de Cordas Emerson”, completa.
Do extenso programa, destacamos três peças já comentadas aqui no site:
– Shostakovich – Trio para Piano e Cordas nº 2, Op. 67
– Brahms – Sonata para Violino nº 2 em Lá Maior, Op. 100
Brahms – Sonata nº 2 para Violino e Piano e Lá Maior, Op. 100
– Dvorák – Quinteto para Piano nº 2 em Lá Maior, Op. 81
Andrei Sakharov
Andrei Sakharov (1921-1989) foi um físico considerado “o pai da bomba de hidrogênio” russa. Naquela época, ele era de opinião que seria importante quebrar o monopólio norte-americano de armas nucleares. Porém a partir do fim da década de 1950, começou a se manifestar sobre as consequências da corrida armamentista.
Nas décadas de 1960 e 1970, Sakharov passou a fazer severas críticas ao sistema da sociedade soviética que violava os direitos humanos fundamentais. Em 1975, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz “por sua luta pelos direitos humanos na União Soviética, pelo desarmamento e pela cooperação de todas as nações”.
Os líderes russos reagiram com fúria e não permitiram que ele fosse a Oslo para receber o prêmio. Sakharov foi destituído de todos seus títulos honorários soviéticos. Foi também, por vários anos, mantido sob estrita vigilância na cidade de Gorkij – atual Nijni Novgorod. Somente em 1985, quando Gorbachev chegou ao poder, o cientista teve permissão de voltar a Moscou.
O Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, nomeado em sua honra, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu às pessoas e organizações dedicadas aos direitos humanos e à democracia.