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Robert Schumann

Robert Schumann

1810 (Zwickau) – 1856 (Bonn)

Robert Schumann nasceu em 8 de junho de 1810, em Zwickau, no Reino da Saxônia, atual Alemanha Central. Foi o quinto e último filho de Johanna Christiane e August Schumann, um livreiro, editor e romancista. Isto influenciou profundamente a infância do compositor, que cultivou desde cedo seu apreço pela literatura e pela música. 

Aos sete anos, Schumann iniciou seus estudos de música e piano com Johann Gottfried Kuntzsch, professor na escola de ensino médio de Zwickau, e começou a trabalhar em suas próprias composições. Em 1828, sob pressão familiar, entrou na Universidade de Leipzig para estudar Direito. No entanto, preferiu se dedicar à composição de canções e à improvisação no piano, além de tentar escrever romances. 

Durante alguns meses, Schumann estudou piano seriamente com o famoso professor Friedrich Wieck, conhecendo assim sua filha Clara Wieck, então com nove anos de idade e já uma pianista brilhante que começava uma bem-sucedida carreira de concertos.

Em 1840, Robert Schumann casou-se com Clara Wieck após uma longa e acrimoniosa batalha legal com Friedrich, que se opôs à união. A partir daí, os dois iniciaram uma parceria vitalícia na música, já que Clara era uma pianista estabelecida e um prodígio musical. Muitas das composições de Schumann foram dedicadas a ela, com quem teve sete filhos.

A relação entre Robert e Clara Schumann com Johannes Brahms é um ponto de grande interesse na história da música clássica. Robert e Clara já eram figuras estabelecidas no mundo da música quando conheceram o jovem Brahms em 1853. Schumann, que já admirava o talento de Brahms, tornou-se seu mentor e o introduziu em seu círculo social de músicos e críticos. Brahms, por sua vez, tinha profunda admiração pelo casal e pela oportunidade que lhe foi dada. 

Ao longo dos anos, Brahms se tornou um amigo próximo da família e teve um papel importante na vida de ambos após a morte de Robert. A relação entre Brahms e Clara é tema de muitas especulações, com insinuações de que haveria um amor romântico não correspondido de Brahms por ela. No entanto, não há um consenso claro sobre a natureza exata do relacionamento dos dois.

Schumann sofreu de um distúrbio mental que se manifestou pela primeira vez em 1833 como um episódio depressivo-melancólico severo e se repetiu várias vezes, alternando com fases de “exaltação” e de ideias delirantes de envenenamento por itens metálicos. Após uma tentativa de suicídio, em 1854, ele foi internado, a seu próprio pedido, em um asilo em Endenich (atualmente, Bonn). Diagnosticado com melancolia psicótica, morreu de pneumonia após dois anos e meio, aos 46 anos, sem se recuperar de seu distúrbio.

Amplamente reconhecido como um dos maiores compositores da era romântica, Schumann começou sua produção como miniaturista. Na década de 1830, escreveu quase que exclusivamente para piano, criando coleções de pequenas peças como as Cenas Infantis e a Kreisleriana

Em 1840, se dedicou a escrever Lieder (canções) para voz e piano, compondo 150 peças naquele ano, muitas das quais estão entre as maiores no gênero. Em suas canções, Schumann musicou grandes poetas, como Heine (ciclo Dichterliebe – Amor de Poeta) e Eichendorff (ciclo de canções do Op. 39).

Entre suas principais obras estão a Fantasia, Op.17, os Estudos Sinfônicos, Op.13, o Carnaval, Op. 9, o Quinteto para Piano e Cordas, Op. 44, e o Concerto para Piano e Orquestra, Op. 54.

 

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